terça-feira, 23 de novembro de 2010

Você entende porque a fome não acaba? Fome: Necessidade biológica e psicológica de comer. Milhões de pessoas sofrem o desconforto desse impulso, formando assim o grande exército de famintos e miseráveis do mundo. Aparentemente, a fome não existe por carência na produção de alimentos e sim pela má distribuição de riquezas, principalmente nos países pouco desenvolvidos, em que o capital é concentrado nas mãos da minoria e em detrimento e outras pessoas. Existem Legislações como a Declaração Universal dos Direitos Humanos ou a Constituição Brasileira onde, todo homem é igual perante a lei, mas se isso fosse verdade, não haveria pessoas passando necessidade e vivendo em condições desumanas, nem injustiça social ou necessidade de tantas campanhas como a da ''Fome Zero'' no Brasil. É necessário, provisoriamente, alimentar quem tem fome, dando -lhe condições humanas através de emprego, o que pressupõe educação e qualificação profissional. Tal processo diminuiria esse grande contingente de trabalhadores desvalorizados, mas isso não ocorre. Se houvesse tal preocupação, existiria maior atenção com o transporte , estocamento e destino do pós-colheita. Muitas vezes, quase sempre, alimentos são estocados e perdidos por motivos econômicos. Ocorre também, o desperdício de comida nos restaurantes e até mesmo por nós mesmos; sem contar que existe por parte das empresas, a necessidade de padronizar esses produtos, retirando do mercado todo alimento que não corresponde aos padrões de qualidade. No Brasil, devido ao seu grande potencial, sua capacidade de produzir alimentação é muito grande, daria tranqüilamente para todo o povo brasileiro e ainda sobraria para exportação. Como isso não ocorre, inferimos que há em nossa sociedade, como em outras ditas civilizadas, um grupo dominante cuja ganância e ambição fazem com que concentre em suas mãos todos benefícios, provando mais uma vez a injustiça social. A ganância de alguns grandes empresários, banqueiros e latifundiários fazem destes os exploradores da força- de - trabalho do povo, que os enriquece por meio de seu trabalho árduo e injusto. No total, 842 milhões de pessoas dormem com fome toda noite . O motivo é evidente, inúmeras pessoas não estudam e não têm oportunidade de o faze-lo por motivos vis como necessidade de trabalhar em míseros empregos para garantir sua sobrevivência e por não terem qualificação profissional que é gerada pelo avanço tecnológico e a globalização. Muitas pessoas não estão aptas a ingressar no mercado de trabalho , optando, por não terem saídas , pela imigração ou/ e emigrações ,pensam que desta forma encontrarão condições financeiras melhores e isso as leva a situação difícil de morar nas ruas, sem dinheiro para retornarem as suas terras natais. Alguns projetos estão sendo realizados por empresas e por encontros mundiais como o das Nações Unidas, em que estão presentes presidentes do mundo inteiro, a fim de reduzir pela metade o número de famintos até 2015. Esse projeto iniciou-se em 1996 e atualmente eles não acreditam no total sucesso devido ao crescente agravamento da situação. Outra solução foi proposta por empresas, como a da produção de trangênicos ( alimentos geneticamente modificados, que podem ser produzidos em grande escala muito rapidamente). Mesmo assim , o preço de custos dos mesmos , não seria acessível a toda população carente. Depois de tudo isso, é notável e irônico o fato de que, no mundo, é usado mais dinheiro em campanhas contra a obesidade, do que contra a epdemia ''FOME'' que se alastra pelo mundo. Todos esses fatos, comprovam que o verdadeiro objetivo das empresas não é o de acabar com a fome e sim o de obter cada vez mais lucros, usando como ''slogam'' a falta de alimentos e as pessoas são facilmente corrompidas pelas falsas idéias que as campanhas passam. Sempre fazem o papel de ''salvadores'', dizendo que querem ajudar , acabar com a fome, dar melhores condições de vida. Existem poucas que levam a sério essas campanhas, mas não são capazes de cumprir sozinhas com esse objetivo. O mundo sem a fome seria perfeito, as pessoas seriam mais satisfeitas e certamente buscariam mais cultura . Seriam assim cidadãos honrados e com prazer de estarem vivos. Portanto, há necessidade de alimentar quem tem fome , e mais importante que isso , seria dar condições para o ser humano ter uma boa educação e incentivo profissional, possibilitando a sua emancipação , livrando-o da dempendência de doações de quem tem maior poder econômico. Com isso, o mundo seria mais dígno , sério, melhor e sem fome. Esse é o grande exemplo deixado por Josué de Castro por um mundo melhor..

VOCÊ TEM SEDE ,FOME ,SEDE OLHE E FRASEIE ESTE TEXTO POR FAVOR:
Aumenta a pobreza no Brasil e no mundo
O economista Marcelo Neri, coordenador do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) concluiu recentemente um estudo (1) sobre o perfil da pobreza no Brasil no qual revela que apesar de ter o 8º PIB do mundo, com quase R$800 bilhões, o país tem hoje mais da metade da população vivendo na pobreza! São 85 milhões de brasileiros vivendo abaixo da linha da pobreza, sem condições mínimas de garantir suas necessidades básicas.
A causa principal desta gravíssima situação, segundo Neri, é a enorme desigualdade que perdura no Brasil, principalmente nas regiões norte e nordeste.
A distribuição da pobreza no Brasil, por região, de acordo com a pesquisa de Neri, é a seguinte: no Nordeste, 80% dos 45,4 milhões de habitantes; no Norte, 68% da população e no Centro Oeste, 51%. O Sudeste, com 43% e o Sul com 39% continuam sendo as regiões com menores índices percentuais de pessoas vivendo abaixo da linha de pobreza. O estado brasileiro com maior índice de pobreza é o Maranhão, onde 86% da população vive na miséria. Em seguida está o Piauí, com 83% e Tocantins, com 81%.
O economista levantou ainda dados bastante significativos sobre a relação desemprego, arrocho salarial e miséria. É verdade que muitos desempregados são pobres, mas há também um enorme contingente de pessoas que, mesmo tendo emprego, não ganham o suficiente para viver, disse ele (2), lembrando dados de que no Brasil, 10 milhões de pessoas estão desempregadas, sendo que deste total, 2,1 milhões são pobres. Mas, por outro lado, existem 14 milhões de ocupados no país que também vivem na pobreza em função dos baixos salários e do aumento da exploração.
Estes dados correspondem aos dados do aumento da pobreza e miséria em escala mundial. Segundo técnicos do Banco Mundial (3) entre 1987 e o final de 1999 o número de pobres no mundo terá crescido, em proporção, ligeiramente mais do que a população do planeta. Com isso, chegaremos ao ano 2000 com 1,5 bilhões de pessoas sobrevivendo com o equivalente a menos de um dólar por dia.
Mas se a pobreza está aumentando numericamente em todo o mundo, ela está bastante concentrada, segundo a imprensa, principalmente nos países formados a partir da derrocada da União Soviética. Há alguns anos atrás apenas 2% da população da Rússia vivia na pobreza. Hoje, 50% dos russos sobrevivem com menos de 1 dólar por dia. Ali, o comunismo acabou e o capitalismo ainda não começou. O Estado não consegue impor a ordem. Os cinqüenta países da África Meridional, exceto a África do Sul, também são concentradores de pobreza. têm uma população total de 571 milhões de habitantes que produzem 198 bilhões de dólares por ano, pouco mais que o PIB da Polônia. Essa região igualmente não conseguiu ainda o ingresso no sistema capitalista. ao contrário, muitos países estão ali regressando para o estado tribal (4).
A situação de agravamento da crise econômica e social também atinge países da Ásia, com exceção da China e do Japão; países do Oriente Médio e toda a América Latina. E enquanto isso, a riqueza se espraia nos Estados Unidos em ritmo acelerado. Segundo a revista Forbes, o país tem mais de 200 bilionários e 11 milhões de milionários (esse grupo cresce a um ritmo de cerca de 300 novos milionários por mês) (5). Isso, às custas de um acelerado crescimento da miséria em todo o mundo.
Ao que tudo indica, de fato, a disparidades crescentes entre os muito ricos e os muito pobres deverá ser a principal contradição a ser enfrentada no século que se inicia. Mas esta vergonhosa disparidade entre pessoas e entre países não pode ser explicada de modo simplista como fizeram alguns "estudiosos" da universidade norte-americana de Harvard. Eles concluíram que, além dos motivos conhecidos, como escassez de riquezas naturais, governos com administrações desequilibradas e falta de oportunidade de negócios, os países pobres sofrem por uma razão menos palpável: eles têm uma mentalidade que não favorece o enriquecimento, uma espécie de cultura da pobreza (6). Estes especialistas só poderiam mesmo ser norte-americanos... A realidade dos países oprimidos e explorados pelas grandes potências parece ser, para eles, pura ficção.
No Brasil, por exemplo, a crise econômica e social se aprofunda e atinge a esmagadora maioria da população. É eminente uma explosão social, como reconhecem os aliados do governo. E apesar de todo o sofrimento do povo, o presidente Fernando Henrique insiste em adotar as medidas de ajuste impostas pelo FMI. Para isso, lançou em setembro passado um pacote de supostas medidas sociais, no qual se compromete em investir R$33 bilhões em programas sociais. Mas, ao mesmo tempo, se comprometeu a pagar R$100 bilhões este ano na rolagem da dívida, o que representa quase a totalidade das receitas da União (7)
Diante desse quadro, é que Frei Beto afirmou que a subserviência aos credores internacionais supera, em nossos governantes, o dever cívico de servir ao povo brasileiro. Entre o FMI e a fome, a escolha deixa no ar a sensação de que a soberania nacional é uma retórica tão vazia quanto o papel do Estado como provedor dos empobrecidos. Privatiza-se a miséria na morte precoce (8).
O economista José Márcio Camargo, da PUC-RJ, com base nos dados do Banco Mundial, mostra que o problema é ainda mais grave porque 60% dos recursos públicos aplicados na área social são apropriados pela metade mais rica da população brasileira (9).
Para Frei Beto, a exclusão é a principal característica da história do Brasil. Todos são iguais perante a lei, exceto os que não são iguais a todos. Essa minoria – banqueiros que se locupletam com dinheiro público, empresários que sonegam, latifundiários que dão calote, juízes corruptos, políticos que não têm princípios, só interesses – não suporta a idéia de inclusão, porque ela rima com distribuição de renda, direitos sociais, reforma agrária e democratização "(10).
Nos meios políticos este assunto tão grave é tratado num verdadeiro festival de demagogia. No senado e na imprensa, o respresentante-mor do latifúndio Antônio Carlos Magalhães, do PFL, fez discursos rimbombantes sobre como estirpar a pobreza. Num seminário sobre o assunto, promovido pelo PT no Hotel Meliá, ,Lula, se uniu a ele para uma "cruzada contra a pobreza". Tais propostas não vão além das clássicas medidas capitalistas de aumento de impostos.